Não podemos negar que quando escutamos alguém falar sobre um produto provindo da Alemanha, automaticamente uma plaquinha escrita “alta qualidade” acende em nosso cérebro. Isso porque os alemães são rigorosos no quesito qualidade. Tudo (ou quase tudo) que é fabricado lá é saboroso, forte, durável.
Não é à toa que a Alemanha é conhecida como um dos países da cerveja e muitas das melhores fórmulas se encontram lá. Acontece que, para não perder o costume do rigoroso padrão de qualidade, o alemão inventou a lei da pureza dedicada a cerveja.
Resumo da história da lei da pureza alemã
Essa história aconteceu há 500 anos atrás, quando Guilherme IV, duque da Baviera (região de Munique) decidiu que as cervejas produzidas no local apenas poderiam ser feitas com os seguintes ingredientes: malte, água e lúpulo. Só. Nada mais.
Na época, Guilherme IV assinou o Reinheitsgebot (com pronúncia: rine-hites-ge-boat) para obrigar os cervejeiros local a produzirem as cervejas de forma mais “saudável”, digamos assim, já que eles gostavam de inovar e acabavam colocando produtos tóxicos no líquido, como cal, beladona, papoula erosmarinho silvestre. Já o fermento foi adicionado apenas no século XVII. Existem alguns boatos de que a lei foi criada para destinar o trigo somente para os pães e assim proteger a produção.
Atualmente a lei da pureza alemã não é mais seguida à risca, uma vez que a Alemanha, para entrar para o livre comércio entre os países membros da União Europeia, teve que ceder e baixar a guarda, mas muitos cervejeiros do país ainda produzem a cerveja com a mesma receita.
Consumo da cerveja no mundo
Apesar de ser um dos principais países cervejeiros, a Alemanha não é a número 1 no consumo. Quem mais bebe cerveja no mundo todo são os thecos.
Segundo a revista Forbes, o consumo médio por pessoa no ano de 2017 foi de 137,38 litros na República Tcheca. A Polônia fica em segundo lugar com 98,06 litros e só depois vem a Alemanha, em terceiro lugar com 95,95 litros. Apesar disso, o país produz uma média de 95 milhões de hectolitros por ano, sendo que 85% dessa produção é consumida pelos próprios alemães.
Em um ranking dos países mais beberrões apresentado em 2012, o Brasil estava em 17º colocação. Falando em produtividade, nosso país é o terceiro maior do mundo, e no ano passado (2019) foram registradas 1.190 empresas cervejeiras, além de 14 bilhões de litros sendo produzidos por ano.
Ainda em 2019, o Ministério da Agricultura lançou a “Câmara da Cerveja” com o objetivo de aumentar a produção da bebida no país e incentivar os produtores de cervejas artesanais.
Lei da pureza alemã auxilia na qualidade da cerveja hoje
Apesar de hoje a lei da pureza alemã não ser mais tão rigorosa, a mesma teve alta influência na qualidade das cervejas de hoje, devido ao fato de que eliminando vários ingredientes – principalmente os tóxicos que citamos acima, a cerveja está cada vez mais saborosa, livre de sabores artificiais e conservantes.
Claro que alguns países estão longe de seguirem a lei, como é o caso da Bélgica, onde são encontradas algumas das melhores cervejas artesanais. Porém, alguns ainda seguem, apenas adicionando alguns ingredientes a mais para dar um toque especial, como por exemplo, malte de trigo, cevada ou centeio e leveduras que promovem o sabor marcante e intenso da cerveja.
Brasileiros são fãs de cerveja
A cerveja sempre foi a queridinha dos brasileiros, mas cada vez mais ela tem caído no gosto da galera. Uma coisa é certa: o brasileiro está mais exigente quanto à cerveja, com a popularização das cervejas artesanais, as pessoas abriram suas mentes para novas experiências paladares e assim foi-se abrindo mais oportunidades para as pequenas cervejarias expandirem suas marcas e assim conquistar cada vez mais os fãs dessa delícia gelada.